O caso do coach e político Pablo Marçal (PRTB), que foi indiciado por apresentar um laudo falso contra Guilherme Boulos (PSOL) na campanha para a prefeitura de São Paulo em 2020, segue sem uma resposta há mais de três meses. Desde 8 de novembro, quando prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, a investigação não avançou para arquivamento ou denúncia formal.
O indiciamento marcou a conclusão do inquérito policial, com a identificação dos crimes apontados pelo delegado após coleta de provas e depoimentos. Agora, cabe ao Ministério Público decidir se apresenta denúncia contra Pablo Marçal, arquiva o caso ou então solicita novas diligências.
Se for denunciado e condenado, Marçal pode se tornar inelegível. Além disso, ele enfrenta também diversas ações de investigação judicial eleitoral relacionadas ao suposto uso de cortes pagos de vídeos durante a campanha. De acordo com o Ministério Público Eleitoral, Marçal teria financiado a viralização de trechos de suas falas nas redes sociais, o que pode configurar abuso de poder econômico.
Atualmente, há cinco AIJEs em tramitação sobre o tema. Como todas as partes, incluindo o Ministério Público, já apresentaram suas alegações finais, a sentença pode sair a qualquer momento.
Além desses processos, Marçal acumula um alto número de representações, pedidos de resposta e ações de indenização movidas contra ele devido à sua atuação na disputa eleitoral de 2024.