O governo Lula cortou 1,1 milhão de beneficiários do Bolsa Família, reduzindo o programa em 67% das cidades brasileiras. O número de famílias atendidas caiu de 21,6 milhões, em dezembro de 2022, para 20,5 milhões em janeiro de 2025, segundo levantamento feito pelo Poder360. A justificativa oficial é um pente-fino para evitar fraudes, mas o impacto atinge milhares de famílias.
As maiores reduções ocorreram no Sudeste (-561.150 famílias) e no Nordeste (-537.321), regiões historicamente beneficiadas pelo programa. No total, 3.730 cidades tiveram cortes, com destaque para Rio de Janeiro (-95.657 famílias) e São Paulo (-59.520). Apenas 1.823 municípios registraram aumento no número de beneficiários.
O governo diz que há 4,1 milhões de beneficiários unipessoais no programa — pessoas que recebem individualmente, sem um núcleo familiar. Mesmo após dois anos no poder, Lula não conseguiu eliminar completamente os cadastros indevidos.
O Ministério do Desenvolvimento Social alega que realiza verificações cadastrais desde 2023 e que novas medidas serão implementadas em 2025, incluindo conferência de renda e atualização de dados a cada 24 meses.
Durante o governo Bolsonaro, o programa, então chamado de Auxílio Brasil, expandiu o número de beneficiários devido à pandemia e à flexibilização nas regras de inscrição. Em janeiro de 2023, havia 5,9 milhões de beneficiários unipessoais; agora, são 4,1 milhões.
Enquanto isso, o governo Lula afirma que muitas famílias saíram do programa devido à melhora de renda, mas os cortes massivos colocam em xeque essa narrativa. O custo mensal do programa caiu de R$ 14,39 bilhões (corrigidos pela inflação) em dezembro de 2022 para R$ 13,8 bilhões em janeiro de 2025. O valor médio do benefício subiu apenas 10,9% sob Lula, enquanto no governo Bolsonaro o aumento foi de 225,1%, garantindo maior poder de compra aos beneficiados.