O Brasil registrou sua pior posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional desde 2012. O país caiu do 96º lugar em 2022 para o 104º em 2023 e, agora, ocupa a 107ª posição entre 180 nações.
A pontuação brasileira também despencou. De um pico de 43 pontos em 2012 e 2014, caiu para 38 em 2022, 36 em 2023 e agora chegou a 34. Quanto menor a pontuação, maior a percepção de corrupção. O Brasil se distancia cada vez mais dos países desenvolvidos e se aproxima de nações como Argélia, Nepal e Tailândia.
A Transparência Internacional apontou fatores críticos para a piora no índice. Entre eles, o “silêncio reiterado” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a pauta anticorrupção e a renegociação dos acordos de leniência da Operação Lava Jato. Também foram citados o “agigantamento” e “descontrole” das emendas parlamentares, a aprovação da PEC da Anistia, a falta de transparência no Novo PAC e a crescente ingerência política na Petrobras.
Enquanto Dinamarca (90 pontos), Finlândia (88) e Singapura (84) lideram o ranking com os menores índices de corrupção, o Brasil segue na contramão. Na América Latina, Uruguai, Chile e Costa Rica aparecem nas melhores posições, enquanto o Brasil está abaixo até da Argentina (37 pontos).
A Controladoria-Geral da União (CGU), por sua vez, minimizou a queda no ranking, alegando limitações metodológicas no índice da Transparência Internacional e destacando o trabalho do órgão no combate à corrupção.
Uma resposta