O Rumble, plataforma de vídeos que se apresenta como alternativa ao YouTube, voltou a operar no Brasil no sábado (8), após mais de um ano fora do ar. O serviço foi suspenso em dezembro de 2023 após determinação do bloqueio de perfis de influenciadores conservadores.
A reativação ocorre em meio à visita da Comissão Interamericana de Direitos Humanos ao Brasil para avaliar a liberdade de expressão no país. Perfis censurados por decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, voltaram a ficar disponíveis nos últimos dias.
O CEO da Rumble, Chris Pavlovski, celebrou o retorno da plataforma e atribuiu a decisão à vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA. “Dou crédito a Donald Trump por vencer em novembro. A decisão do Brasil de revogar a censura ao Rumble prova que o mundo está mudando”, afirmou.
A rede social atraiu figuras da direita brasileira, como Monark, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos, após decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do STF contra influenciadores. Em 2023, Moraes determinou o bloqueio das contas de Monark após ele questionar a eleição de 2022.
Nos Estados Unidos, o Comitê de Assuntos Jurídicos da Câmara intimou o Rumble a apresentar documentos sobre as decisões do STF que levaram à suspensão da plataforma no Brasil, dentro de uma investigação sobre censura online.
O Rumble ganhou popularidade em 2020 entre apoiadores de Donald Trump. A empresa recebeu US$ 500 milhões da Narya Capital, do atual vice-presidente dos EUA, J.D. Vance. Em novembro de 2024, Pavlovski apareceu ao lado de Trump, Elon Musk e Dana White, dono do UFC, comemorando a eleição do republicano.