O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, criticou decisões judiciais que têm derrubado decretos assinados por Donald Trump. Desde a posse do republicano, em 20 de janeiro de 2025, juízes já impediram medidas como o fim da cidadania para filhos de imigrantes ilegais, a transferência de presidiárias trans para prisões masculinas e o afastamento de funcionários da USAID.
Sem citar casos específicos, Vance afirmou que “juízes não têm permissão para controlar o poder legítimo do Executivo” e comparou a interferência judicial a uma tentativa de comandar operações militares ou processos criminais. Ele defende que Trump tem o direito de ignorar certas ordens judiciais que, segundo ele, ferem sua autoridade.
A decisão que mais irritou aliados do governo foi a proibição de acesso do Doge (Departamento de Eficiência Governamental), comandado por Elon Musk, ao sistema de pagamentos do Tesouro. O juiz Paul Engelmayer barrou até mesmo o secretário do Tesouro, sem citar leis ou permitir a defesa do governo Trump. O senador Tom Cotton classificou a decisão como “ultrajante” e pediu sua reversão imediata.
O embate entre Trump e o Judiciário deve continuar nos próximos dias. Enquanto republicanos reforçam o discurso contra a interferência dos tribunais, ainda não está claro qual será a estratégia do presidente para reverter as decisões.