Em meio ao escândalo das quentinhas fantasmas, Janja e Wellington Dias viajam hoje para Roma para visitar o Papa Francisco. Oficialmente, a dupla vai participar de uma reunião do conselho de governança do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), até a quinta-feira 13.

No encontro, será eleito o novo presidente da Aliança Global de Combate à Fome, lançada na cúpula do G20 no Rio, no ano passado, quando a mulher de Lula organizou o festival Janjapalooza com nosso dinheiro. Na prática, a viagem deve selar o destino do ministro do Desenvolvimento, Assistência Social e Combate à Fome.

Foi a pasta de Dias que firmou contratos que somam quase R$ 11 milhões com a ONG Movimento Organizado para Vencer, Educar e Realizar (Mover), para a distribuição de quentinhas e capacitação profissional para pessoas de baixa renda em São Paulo.

A ONG, que pertence a José Renato Varjão, ex-assessor dos deputados petistas Nilton e Ênio Tatto, subcontratou outras ONGs de integrantes do próprio PT. Também repassou recursos para empresas do próprio Varjão e de um sobrinho.

O escândalo é tão flagrante que Dias foi obrigado a acionar a Polícia Federal. A oposição também foi para cima e cobrou providências do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União.

Janja é uma espécie de madrinha do Cozinha Solidária, programa que foi relançado justamente no Janjapalooza.