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Quem está por trás do presidente da Previ?

O ministro Walton Alencar cobrava desde agosto do plenário do Tribunal de Contas da União a autorização para uma auditoria na Previ, o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil. O motivo era óbvio: como um historiador poderia assumir a gestão de uma carteira de ativos avaliada em mais de R$ 270 bilhões?

João Luiz Fukunaga nunca teve qualificação de sobra para o cargo e quem tentou emplacá-lo forçou a barra no currículo do cidadão. Escriturário do BB, nunca ocupou função gerencial ou qualquer cargo comissionado. Preferiu investir seu tempo extra na vida acadêmica, com um mestrado em História Social focado na cosmogonia das elites indígenas.

Também dividia seu tempo em atividades burocráticas e funções secundárias no Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Nunca, repito, nunca seria alçado à Presidência da Previ por seus méritos profissionais, considerando que o cargo exige conhecimento profundo na área previdenciária e financeira. Tampouco na política, considerando sua absoluta inexpressividade.

É como se Fukunaga, quando iluminado por holofotes, projetasse uma sombra muito maior.

Talvez, por isso, Walton Alencar queira “identificar a existência de possíveis influências políticas ou de outros fatores externos que possam comprometer a objetividade e a tecnicidade das decisões de investimento da Previ”.

Talvez, por isso, o ministro do TCU queira “conhecer a governança corporativa da Previ e os processos que envolvem as tomadas de decisões da entidade relativas ao investimento de seus recursos, identificando os mais significativos e seus potenciais riscos”.

Tendo a crer que Fukunaga, certamente um sujeito cordial, não tem a remota ideia de como causou um prejuízo de R$ 14 bilhões à Previ. Ele deve estar assustado, questionando-se sobre o tempo que passou na companhia de sua sombra, inclusive em viagens internacionais, hotéis de luxo e festas com personagens polêmicos.

Talvez Fukunaga tenha ficado tempo demais distraído com o poder e as benesses inerentes. Deve estar assustado, questionando-se sobre o papel de inocente útil que desempenhou até aqui.

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Claudio Dantas

Claudio Dantas

Respostas de 8

  1. Sim, mas com a tranquilidade de saber que o estado, o maior acionista do banco, cobrirá o rombo que não é rombo.

    1. Não será, o fundo não é uma estatal. Assim como foi com Postales, que os funcionário pqgqm mensalmente uma cota para cobrir o prejuizo.

  2. Não é novidade ,o modus operandi parasitário do Petê. O problema é q a sanha tem aumentado demais. Muita gente se dá bem. Justiça seja feita, todos os partidos têm aos milhares, apaniguados e asseclas mamando nas tetas do Estado. Nada porém se compara ao aparelhamento devorador da companheirada. A farra continua, nesse interim, pessoas morrem pela violência, pela falta de manutenção em pontes e até em igrejas históricas. Esse rapaz, não sabe nada de previdência ou mercado de investimentos. Porém, está longe de ser uma vítima. Deve estar rico e assim como em escândalos como o do Bancoop pouco ou nada vai acontecer. Pobre dos ativos e pensionistas. Por fim, pra que competência, se até uma ex presidente de triste memória abocanha 2,4 milhões por ano num tal banco internacional?

  3. Já era esperado. Triste para nós que contribuímos durante anos para no final viver essa situação. Infelizmente quem paga no final é o aposentado que além de não ter sua aposentadoria atualizada justamente , envelhece, adoece e no final , nesse caso , corre o risco de ter sua contribuição aumentada pra cobrir o rombo.

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