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Oposição quer CPI para investigar rombo bilionário na Previ

A oposição no Congresso Nacional articula a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um possível rombo de R$ 14 bilhões na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). O déficit teria ocorrido no Plano 1 do fundo entre janeiro e novembro de 2024.

Na última quarta-feira (5), o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou, em caráter de urgência, uma auditoria para examinar a gestão da Previ. Paralelamente, parlamentares oposicionistas intensificam a busca por assinaturas para instaurar uma CPI. Para isso, são necessárias 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara, podendo a comissão ser mista.

“Infelizmente, estamos vendo a reprise de um filme bastante triste. Quem volta à cena do crime tem a propensão de praticar os mesmos delitos. A oposição está trabalhando numa série de ações legislativas para complementar e subsidiar o TCU na realização dessa auditoria. Certamente, é um tema que também pode ensejar a criação de uma CPI”, declarou o líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS).

O senador Izalci Lucas (PL-DF) é um dos articuladores da CPI e deve reforçar a coleta de assinaturas na próxima semana. Já o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que pretende acompanhar a apuração da possível má gestão:

“Ainda não dá pra falar de desvios, mas nós vamos apurar e eventualmente responsabilizar os culpados.”

A Previ, maior fundo de previdência da América Latina, administra aproximadamente R$ 200 bilhões e atende cerca de 200 mil participantes. A principal suspeita da oposição é que o rombo tenha ocorrido mesmo com a maior parte dos investimentos em renda fixa, que deveria ser segura em períodos de juros altos.

Em nota, a Previ afirmou que os planos estão equilibrados, atribuiu a oscilação a um período de “grande volatilidade” e garantiu que não há risco de necessidade de contribuições extraordinárias por parte dos associados ou do Banco do Brasil.

Independentemente da CPI, a oposição também pretende convocar o presidente da Previ, João Luiz Fukunaga, para prestar esclarecimentos ao Congresso, possivelmente via Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. No entanto, para que isso ocorra, será necessário que as atividades das comissões sejam retomadas.

O caso levanta mais uma suspeita de problemas na gestão de fundos públicos, e a oposição promete avançar na apuração para esclarecer possíveis irregularidades.

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Redação

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