Nos últimos momentos antes de Donald Trump assumir a presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20), o presidente democrata Joe Biden realizou uma série de perdões polêmicos. Entre os beneficiados, estão cinco familiares, incluindo seus irmãos James B. Biden e Valerie Biden Owens, além de outros aliados próximos. A decisão amplia a lista de perdoados, que já incluía seu filho Hunter Biden, indultado em dezembro.
Em comunicado, Biden justificou os perdões afirmando que sua família foi alvo de “ataques e ameaças incessantes, motivados unicamente pelo desejo de me prejudicar – o pior tipo de política partidária”. No entanto, a medida gerou críticas por ser vista como um possível uso político do poder presidencial.
Além dos familiares, Biden também concedeu perdão a Gerald G. Lundergan e Ernest William Cromartie, e comutou a sentença de prisão perpétua do ativista nativo-americano Leonard Peltier para prisão domiciliar, mesmo diante da oposição de autoridades como o diretor do FBI.
A lista de perdões também incluiu legisladores e policiais ligados à investigação do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, além de Anthony Fauci, ex-conselheiro médico-chefe da Casa Branca durante a pandemia. As decisões, vistas por críticos como uma tentativa de proteger aliados políticos e membros de sua própria família, levantam dúvidas sobre o uso do perdão presidencial como ferramenta de autodefesa política.