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Trump usa nacionalismo para unir e pacificar o país; Lula e Moraes apostam no revanchismo

Donald Trump deu a senha em seu discurso sobre como pacificar realmente uma sociedade dividida. Sim, Donald Trump! Assistindo à sua posse, chamou-me a atenção o tom de voz sereno, firme, magnânimo. Lembrou-me o premiê britânico Winston Churchill: “Na guerra, determinação; na derrota, desafio; na vitória, magnanimidade, e na paz, boa vontade.” Está tudo lá em suas falas. Para devolver os Estados Unidos aos americanos, para resgatar-lhes o sonho de uma nação livre e próspera, será preciso unir essa sociedade em torno de uma agenda comum, exatamente aquela que sagrou-se vitoriosa com uma votação histórica: a defesa intransigente da liberdade, da democracia, da meritocracia, da eficiência, da integridade, da lealdade e da fé.

Perseguido pela tecnocracia, Trump voltou ao poder com um discurso de conciliação. Não quer saber de revanchismos, não há tempo a perder. Deixou claro que o Departamento de Justiça não será mais usado para perseguir opositores, como na gestão Biden. Ontem mesmo assinou uma ordem executiva determinando o encerramento de toda e qualquer investigação sobre supostos discursos de ódio ou fake news. Está garantida a total liberdade de expressão. Da mesma forma, decretou o fim da ideologia de gênero — “só existem dois gêneros, o masculino e o feminino”. O identitarismo, que também explora o sectarismo racial, é hoje talvez a maior fonte de ódio e intolerância, travestidos do contrário.

Acadêmicos corajosos já alertaram que essa agenda woke está destruindo as conquistas históricos de movimentos antirracistas. Trump sabe disso e fez questão de citar Martin Luther King, o mais proeminente ativista por direitos civis da história americana. “Vamos realizar o seu sonho”, disse, em referência ao discurso mais famoso de King sobre uma América onde negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos são livres e iguais. Os presentes na Rotunda do Capitólio se levantaram para aplaudir. Neste momento, Trump ainda agradeceu aos eleitores latinos, negros e asiáticos pela votação expressiva.

Assim como o wokismo, o ecomarxismo também está com os dias contados. Carros elétricos perderão incentivos fiscais e os EUA voltarão a explorar ao máximo suas reservas de petróleo e gás. O objetivo é reduzir o preço da energia e derrubar a inflação, impulsionando a atividade produtiva. Outra de suas ordens executivas retirou o país do Acordo de Paris, um compromisso multilateral com a redução da temperatura da Terra. Teoria que serve de base para o hipócrita mercado de carbono, um mecanismo financeiro para “compensar” emissões que não deixam de ocorrer, um instrumento de dominação econômica.

O discurso e os primeiros atos de Trump consolidam a visão de um novo nacionalismo, com a defesa intransigente da soberania nacional para garantir o bem-estar da sociedade americana. Por isso, a tolerância zero com criminosos de qualquer espécie e a inclusão de cartéis na lista de organizações terroristas; por isso, o decreto de emergência energética para garantir a redução do custo de produção, visando o aumento do consumo e a geração de emprego; por isso, a decisão de sair da Organização Mundial da Saúde (OMS), impedindo que crises sanitárias sejam usadas politicamente contra o cidadão americano e o interesse nacional; por isso, as novas tarifas contra produtos chineses e uma nova diplomacia dedicada a afastar a China da zona de interesse dos EUA, inclusive o Golfo do México e o Canal do Panamá.

Ao prometer retomar a soberania militar dos EUA, Trump avisa que seu país estará pronto para enfrentar qualquer rival planetário, mas que o poder dissuasório é ainda mais efetivo para evitar uma guerra. Ao falar em conquistar Marte, Trump sinaliza para onde devem se voltar os esforços científicos e tecnológicos: o futuro. E, ao citar expressamente o ex-presidente William McKinley (1897-1901), responsável por iniciar o mais longo período de domínio republicano da história dos EUA, Trump indica que seu segundo mandato buscará assentar as bases para um longo ciclo de prosperidade, de uma América para americanos.

O Brasil, que sofre dos mesmos males que seu parceiro do Norte, deveria seguir o mesmo caminho de união, pacificação e valorização do interesse nacional, e não a senda do revanchismo trilhada por Lula e Alexandre de Mores. Trump disse que os EUA não precisam do Brasil. Eu gostaria de dizer o mesmo.

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Claudio Dantas

Claudio Dantas

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