No programa ALive desta segunda-feira (17), o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel comentou sobre a atual situação da criminalidade no estado. Witzel disse que falta coragem e conhecimento aos gestores e lembrou que, no primeiro ano de seu governo, conseguiu reduzir em 20% os homicídios.
“Nem o prefeito do Rio de Janeiro nem o governador atual têm a solução porque eles não conhecem e a Polícia Civil do Rio de Janeiro não consegue assessorar porque também não tem a estrutura para a investigação”, afirmou Witzel.
Witzel, que diz ter sido alvo de uma conspiração pelo impeachment, ressaltou que o Partido Socialista Brasileiro (PSB) propôs a famosa ADPF 635 para inviabilizar sua gestão.
“O partido inventou uma história de que havia nas comunidades uma verdadeira carnificina contra pobres, pretos e favelados e juntou uma série de organizações que hoje estão na ADPF, que nós não sabemos se efetivamente representam a comunidade”, afirmou.
Analista de Defesa e Segurança, Alessandro Visacro ponderou também sobre as restrições legais para a atuação da Polícia criadas pela ADPF das favelas.
“Principalmente num primeiro momento, em que se criou um quadro de insegurança jurídica entre os profissionais de segurança pública que não sabiam exatamente quais eram os limites que estavam sendo impostos”, disse.
Segundo ele, o texto a decisão liminar de Edson Fachin, de tão vago, deu margem para possíveis anulações do trabalho dos policiais.
“Por exemplo, conduzir operações que se justificassem pela sua excepcionalidade, ou seja, operações somente em caráter extremamente excepcional”, afirmou Alessandro.
Para o analista, tais restrições foram aproveitadas pelo crime organizado para avançar sobre novos territórios.