Em entrevista exclusiva ao talkshow Alive, apresentado por Claudio Dantas o criminalista Celso Vilardi, coordenador da defesa de Jair Bolsonaro, trouxe pontos contundentes sobre as dificuldades para conseguir a devolução do passaporte e a autorização para que o ex-presidente compareça à posse de Donald Trump nos EUA, em 20 de janeiro.
Vilardi criticou a exigência de “documentos adicionais” por parte do ministro Alexandre de Moraes e defendeu a transparência e o respeito às cautelares.
“O convite oficial foi anexado com tradução juramentada. A exigência de um ‘documento oficial’ como justificativa para a posse de Trump não condiz com a cultura americana, onde a boa-fé do declarante é valorizada”, pontuou. Ele acrescentou que Bolsonaro “nunca deu qualquer indício de descumprir a lei penal”.
Vilardi foi enfático ao criticar parte da classe jurídica por permanecer em silêncio diante de injustiças e perseguições. “Infelizmente, em nosso país, defendemos interesses e não valores. Isso explica o silêncio de muitos diante das prisões prolongadas e do uso político de processos judiciais”, afirmou.
O advogado lembrou que, em casos como a Lava Jato, o STF revisou posições após a insistência das defesas, e acredita que isso possa ocorrer novamente. “A polarização atinge todos os meios, mas espero que as coisas sejam colocadas em seus devidos lugares”, disse, reforçando a importância de uma atuação firme da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na defesa do estado de direito.