O governo da Venezuela prendeu mais de 120 estrangeiros acusados de envolvimento em “atos terroristas” após as eleições presidenciais de julho. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (6) pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello.
Entre os detidos há cidadãos dos Estados Unidos, Peru, Colômbia, Espanha, Itália, Uruguai, Ucrânia, Suíça, República Checa, Líbano, Holanda, Albânia, Israel, Alemanha, Argentina, Iêmen e Guiana. “São mais de 120 cidadãos detidos neste momento por atos de desestabilização na Venezuela”, declarou Cabello em coletiva de imprensa.
Anteriormente, o governo de Nicolás Maduro já havia informado a prisão de 19 estrangeiros, classificados como mercenários, além da apreensão de cerca de 500 armas desde setembro.
O anúncio ocorre dias antes da posse presidencial marcada para 10 de janeiro, em meio a disputas entre Maduro e Edmundo González. Maduro foi proclamado vencedor, mas enfrenta questionamentos internacionais sobre a transparência do pleito. González, por sua vez, afirma ter provas de sua vitória e promete retornar ao país para assumir o cargo.
Enquanto a crise política se intensifica, Erik Prince, fundador da Blackwater e líder do projeto “Ya Casi Venezuela”, tem ameaçado Maduro. A iniciativa, que promete “cumprir a vontade do povo venezuelano”, tem arrecadado fundos por meio de campanhas virtuais, mas sem ações concretas até o momento.