O chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia, tenente-general Igor Kirillov, foi morto nesta terça-feira (17) após a explosão de um dispositivo deixado em uma scooter elétrica na entrada de um condomínio em Moscou. O assistente do general também morreu no ataque, confirmado pelo Comitê Investigativo da Rússia.
Segundo uma fonte da inteligência ucraniana à Reuters, o Serviço de Segurança da Ucrânia está por trás do atentado, classificado por Kiev como uma “tática legítima de guerra”. Moscou acusa a Ucrânia de realizar assassinatos em território russo para desestabilizar as forças militares.
Kirillov, de 54 anos, era o oficial russo de maior patente morto dentro da Rússia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Ele estava à frente do programa de defesa nuclear, biológica e química do exército russo desde 2017, após comandar a Academia Militar de Defesa Química.
O general foi acusado na segunda-feira (16) por promotores ucranianos de ordenar o uso de armas químicas proibidas durante a guerra. Segundo o Serviço de Segurança da Ucrânia, foram registrados mais de 4.800 casos de munições químicas utilizadas sob ordens de Kirillov. Ele também foi sancionado pelo governo britânico por “uso abominável de armas químicas desumanas”.
A execução ocorreu um dia após o nome de Kirillov aparecer no site ucraniano Myrotvorets (Pacificadores), conhecido por listar supostos inimigos do país. Na manhã desta terça-feira, a foto do general estava marcada com a palavra “executado” em vermelho.
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