O primeiro voo militar com imigrantes ilegais dos EUA deve chegar à prisão de Guantánamo, em Cuba, ainda nesta terça-feira (4), conforme informações do governo Trump. Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, afirmou que os imigrantes foram detidos por “crimes hediondos” e que o presidente Trump, junto aos secretários Pete Hegseth (Defesa) e Kristi Noem (Segurança Interna), estão cumprindo a promessa de usar a base para abrigar criminosos ilegais que violaram as leis de imigração dos EUA e cometeram crimes graves contra cidadãos americanos.
Após o anúncio do primeiro voo, o governo dos EUA confirmou o envio de um segundo voo para Guantánamo. Nas últimas semanas, mais de mil detenções foram realizadas nos EUA, superando a média de 320 prisões semanais no governo Biden. O voo transportará cerca de 12 imigrantes, de acordo com a Reuters, sendo o primeiro desde que Trump anunciou a transferência dos imigrantes para a prisão em Cuba.
Pelo menos 1.000 soldados dos EUA foram enviados para Guantánamo para dar apoio à detenção dos imigrantes. A prisão, criada em 2002, foi utilizada principalmente para prender estrangeiros envolvidos nos ataques de 11 de setembro de 2001, que foram considerados terroristas contra os EUA.
O governo Trump ainda busca determinar o que fazer com os imigrantes detidos em Cuba, já que a lei de imigração dos EUA não se aplica fora do país. Para isso, tendas foram montadas próximas ao centro de operações, com a possibilidade de contratação de empresas privadas para abrigar até 30 mil pessoas.
Trump anunciou, no final de janeiro, que o centro de detenção de Guantánamo teria 30 mil leitos para “criminosos estrangeiros” que representam uma ameaça aos EUA. O anúncio também faz parte de sua campanha contra os 11 milhões de imigrantes irregulares no país, vinculando a presença de estrangeiros ao aumento da criminalidade nos EUA.