O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (10) uma ordem executiva que impõe tarifas de 25% sobre todas as importações norte-americanas de aço e alumínio. A medida, que já havia sido anunciada no domingo, afeta diretamente o Brasil, um dos principais fornecedores de aço para o mercado norte-americano.
Desde que reassumiu a Casa Branca, em janeiro de 2025, Trump tem adotado uma postura protecionista, utilizando tarifas como estratégia para beneficiar a indústria dos EUA. Antes da decisão de hoje, o governo já havia anunciado taxas sobre produtos importados do México, Canadá e China. Os líderes mexicano e canadense negociaram e conseguiram a suspensão temporária das tarifas.
“Qualquer aço que entrar nos Estados Unidos terá uma tarifa de 25%”, declarou Trump a repórteres durante um voo no avião presidencial.
A decisão atinge todos os países exportadores, incluindo aliados históricos dos EUA, como o Canadá.
O Brasil é o terceiro maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas de Canadá e México. Durante o primeiro governo Trump (2017-2021), tarifas semelhantes foram adotadas, levando a demissões no setor siderúrgico brasileiro. Posteriormente, o republicano voltou atrás e cancelou a cobrança.
A medida gerou reações internacionais. O presidente francês Emmanuel Macron criticou a postura norte-americana, alertando que a imposição de tarifas pode prejudicar tanto os EUA quanto seus parceiros comerciais. Macron afirmou que a União Europeia precisa reagir, mas que seu foco deve ser a competitividade e a segurança europeia.
Além das tarifas sobre metais, Trump indicou que pode adotar uma política de “tarifas recíprocas” contra países que impõem taxas sobre produtos norte-americanos. A iniciativa reforça a postura agressiva do governo em relação ao comércio exterior e deve gerar novas tensões econômicas.