Frederico Siqueira Filho assumiu oficialmente o comando do Ministério das Comunicações nesta quarta-feira (7), em uma cerimônia marcada pela ausência de Lula e pela sombra da denúncia contra seu antecessor, Juscelino Filho. Indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o novo titular assume a pasta com a missão de acelerar entregas na área de inclusão digital, conforme exigência direta do presidente da República.
“A nossa ideia é justamente cumprir o nosso papel técnico, fazer as entregas que o governo Lula nos demandou para fazer as entregas possíveis que o Ministério de Comunicações possa atender à população brasileira”, afirmou Siqueira Filho após a posse, realizada na sede do ministério, e não no Palácio do Planalto, em razão da viagem de Lula à Rússia e à China.
Nem mesmo o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, compareceu.
Siqueira era presidente da Telebras e é próximo do líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho. Ele afirmou que, por ora, manterá a atual equipe e que André Leandro Magalhães, atual diretor técnico-operacional, deverá assumir seu lugar na estatal.
A chegada ao cargo ocorreu após semanas de impasse político. O nome inicialmente indicado pelo partido, o deputado Pedro Lucas (MA), recusou o ministério mesmo após ter sido anunciado publicamente por Gleisi Hoffmann. A desistência gerou desconforto no governo e atrasou a nomeação.
A posse contou com a presença de ministros como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Márcia Lopes (Mulheres), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Renan Filho (Transportes), José Múcio (Defesa), Celso Sabino (Turismo) e o interino da Pesca, Édipo Araújo.
Siqueira, de 48 anos, é engenheiro civil e atuou por mais de duas décadas na Oi, com passagens pelas áreas institucional, operacional e comercial. Um de seus objetivos será conduzir a retirada da Telebras do Orçamento Geral da União, medida que, segundo ele, visa reduzir a dependência da estatal em relação ao Tesouro.