Ricardo Teixeira (União Brasil) foi eleito nesta quarta-feira (1º) presidente da Câmara Municipal de São Paulo, sucedendo Milton Leite, que comandou a Casa por quatro mandatos consecutivos. Teixeira recebeu 49 dos 55 votos, com oposição apenas do PSOL, que indicou Celso Giannazi. A eleição, fruto de acordo eleitoral com Ricardo Nunes, mantém o controle da pauta legislativa com o União Brasil e a primeira secretaria nas mãos do PT.
Em seu discurso, o vereador, que inicia seu sexto mandato, se referiu a Leite como “amigo e professor”. “O Milton é um mito na Casa. Esse será o maior desafio da minha carreira”. Questionado sobre limitar o número de reeleições para a Presidência da Câmara, desconversou: “Se houver projeto, o plenário decide”.
Para Giannazi, derrotado, “a Câmara tem funcionado como um cartório, chancelando projetos sem debate adequado”. Ele também atacou o plenário virtual, que permite votações remotas. Eliseu Gabriel (PSB), que presidiu a sessão, defendeu o retorno das sessões presenciais. Teixeira, por sua vez, propôs realizar sessões plenárias na periferia para aproximar a Câmara da população.
Além de Teixeira, foram eleitos para a mesa diretora: João Jorge (MDB), 1° vice-presidente; Isac Félix (PL), 2° vice-presidente; Hélio Rodrigues (PT), 1° secretário; e Dr. Milton Ferreira (Podemos), 2° secretário. Eles foram indicados pelos seus partidos, por meio de acordo que contempla as maiores bancadas. Edir Sales (PSD) e Major Palumbo (PP) foram eleitos suplentes da mesa. O corregedor-geral é Rubinho Nunes (União Brasil).
A Câmara, sob a liderança de Teixeira manterá relação próxima ao Executivo. Em 2024, o Legislativo municipal aprovou todos os projetos de Nunes. A nova composição da Casa é dominada por partidos de Centro, que passaram de 12 para 20 cadeiras. Os de direita caíram de 26 para 17, enquanto a esquerda cresceu de 17 para 18.
A renovação foi de 36%, com 20 novos vereadores entre os 55 eleitos. A fragmentação partidária diminuiu, refletindo a reforma eleitoral.