O PT atacou o aumento da taxa Selic para 13,25% ao ano, decidido pelo Banco Central nesta quarta-feira (29). Apesar de a elevação ter sido aprovada por unanimidade, incluindo os votos dos diretores indicados por Lula, o partido tenta culpar Roberto Campos Neto, ex-presidente da instituição.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que Gabriel Galípolo, atual chefe do BC e nome de confiança de Lula, “não tinha alternativa” e seguiu uma decisão “já determinada desde dezembro”. No entanto, usuários do X (ex-Twitter) desmentiram a petista, apontando que a taxa de juros não é definida previamente.
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) chamou a decisão de “desastre” e “terrorismo econômico” e disse que Campos Neto teria “deixado contratados” aumentos de juros antes de sair. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) repetiu a tese da “armadilha” e alegou que apenas “bancos e especuladores” se beneficiam da alta dos juros.
A crítica petista, no entanto, ignora que o Banco Central é independente e que a maioria dos membros do Copom foi nomeada pelo próprio Lula. O discurso do partido tenta minimizar o impacto da política econômica do governo e desviar a responsabilidade pelo cenário fiscal.