A tabela do Imposto de Renda (IR) avança cada vez mais sobre os pagadores de impostos no Brasil, o que antes era aplicado apenas a quem recebia acima de oito salários mínimos agora incide sobre rendimentos de dois mínimos. Como outras promessas de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, a de isentar quem ganha até R$ 5 mil nunca saiu do papel, pelo contrário, o petita queria mirar no cidadão que movimentasse esse valor no pix.
Em 1996, o limite para tributação começava em valores acima de R$ 900, o equivalente a 8,04 salários mínimos da época (R$ 112). Com a correção inflacionária, esse teto deveria ser R$ 4.785 em 2023. Contudo, hoje, trabalhadores que ganham R$ 2.824 — exatos dois salários mínimos de R$ 1.412 — já pagam IR.
Durante o governo de Jair Bolsonaro, a isenção chegou ao patamar mais baixo, com tributação a partir de 1,57 salário mínimo. Apesar do aumento da faixa para dois salários mínimos no atual governo, a promessa de Lula de corrigir a tabela para R$ 5 mil segue distante.
O governo Lula prometeu enviar ao Congresso uma ampla reforma do IR, mas o prazo inicial de março de 2024 foi descumprido.
Enquanto a reforma do IR permanece em atraso, o governo priorizou a regulamentação da reforma tributária do consumo, com ajustes considerados “técnicos” pelo ministro.
A promessa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil, é apresentada como uma bandeira de campanha petista. Vale ressaltar que pesquisas apontam que sua implementação pode impactar as contas públicas, exigindo compensações financeiras para evitar desequilíbrios no orçamento.