Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, foi multado pela terceira vez pela Justiça eleitoral sob a acusação de espalhar desinformação contra a campanha de João Campos, que deve ser reeleito no primeiro turno. A juíza da 4ª Zona Eleitoral, Nicole de Faria Neves, acatou argumentação dos advogados da Frente Popular do Recife sobre tentativa deliberada da campanha do candidato do PL de fazer a população acreditar na existência de um escândalo intitulado “máfia das creches”, em referência aos convênios de construção e gerenciamento de 74 creches via parceria público-privada.
Segundo a magistrada, é “vedada, nos termos do código eleitoral, a divulgação ou compartilhamento de fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinjam a integridade do processo eleitoral, inclusive os processos de votação, apuração e totalização de votos”. Para a defesa de Campos, o conteúdo propagado pelo adversário é “irregular, com conteúdo difamatório, calunioso e inverídico, com o único afã de criar estados mentais, emocionais e passionais no eleitorado”.
Ela determinou a suspensão, por 48 horas, da propaganda televisiva e radiofônica de Gilson, que já teve sete dias de punição por causa de conteúdos sobre o mesmo tema. No mesmo espaço, deverá ser veiculada propaganda institucional com a mensagem: “A propaganda eleitoral do candidato Gilson Machado está suspensa pelo prazo de 48 horas em consequência dos reiterados descumprimentos às determinações judiciais.”