O governo federal confirmou nesta segunda-feira (10) que a Polícia Federal está investigando suspeitas de fraudes no Concurso Nacional Unificado (CNU). A apuração teve início após denúncias de que candidatos envolvidos em irregularidades em outros certames teriam sido aprovados e convocados para os cursos de formação.

De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a PF já iniciou a verificação da identidade dos aprovados, utilizando dados biométricos coletados durante o processo seletivo, como impressões digitais e exames grafológicos.

“Os órgãos de segurança que integram a rede de aplicação do CPNU estão apurando casos suspeitos e, caso haja comprovação de irregularidades, as autoridades competentes serão acionadas para a adoção das medidas legais e administrativas cabíveis”, informou o Ministério.

As denúncias de possíveis fraudes não são recentes. Em outubro de 2024, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou a suspensão das provas de um dos blocos do concurso após candidatos em Recife (PE) terem acesso antecipado a um caderno de provas antes do horário oficial, o que levou à anulação daquela avaliação.

O CNU foi lançado para preencher 6.640 vagas em 21 órgãos e entidades do Executivo Federal. O certame atraiu mais de 2,1 milhões de inscritos, mas registrou um alto índice de ausência no dia das provas. Os cargos foram distribuídos em oito áreas temáticas, com salários que variam entre R$ 5.866,69 e R$ 22.921,71.

A Polícia Federal, que conduz as investigações, afirmou que não comentará o caso até que as apurações sejam concluídas.