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"Polícia Federal distorceu provas", diz Juca, advogado de Braga Netto

O advogado criminalista José Luís Oliveira Lima, defensor do general Braga Netto, criticou duramente a condução do processo que resultou na prisão preventiva do ex-ministro. Em entrevista ao programa diário ALive, do jornalista Claudio Dantas, ele levantou dúvidas sobre a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, que embasou as acusações contra seu cliente.

“Eu advogo há 35 anos e sou advogado, não professor, jurista ou parecerista. Meu compromisso é com o direito de defesa. Defendo quem me procura e em quem acredito. No caso do general Braga Netto, estamos falando de um homem com 42 anos de serviços prestados ao Exército Brasileiro, sem qualquer mancha em sua carreira”, afirmou Lima.

Lima destacou que a delação de Mauro Cid foi firmada após 129 dias de prisão e levantou suspeitas sobre sua coerência. “Esse tenente-coronel deu mais de 10 depoimentos e só mencionou o general no último, quando seu acordo de colaboração estava prestes a fracassar. Além disso, há gravações em que ele afirma ter sido ameaçado para falar. Qual a credibilidade de uma acusação baseada em circunstâncias assim?”, questionou.

O advogado também rebateu as alegações de obstrução de justiça atribuídas a Braga Netto. “A Polícia Federal distorceu provas ao sugerir que o general teria buscado informações sobre a delação. O próprio pai de Mauro Cid declarou que foi ele quem procurou o general, e isso está registrado em mensagens de WhatsApp anexadas ao relatório da PF”, afirmou.

Outro ponto de crítica foi a restrição de acesso à íntegra do processo e à delação de Mauro Cid. “Até hoje não tive acesso a todas as provas e mídias. Como exercer o direito de defesa sem o contraditório? O processo contra o general é antidemocrático. Espero que o Supremo Tribunal Federal corrija esse erro em breve”, disse Lima.

O advogado também comparou a condução atual com casos anteriores: “Já defendi clientes que firmaram acordos de colaboração. Esses acordos precisam ser consistentes, baseados em provas robustas. O que temos aqui é um relato frágil, desprovido de coerência, usado para atingir um homem com reputação impecável.”

Lima destacou o impacto pessoal da prisão de Braga Netto. “Um homem com esse histórico teve sua reputação jogada na lama. Ele e sua família estão profundamente abalados. Minha obrigação como advogado é lutar para que a verdade seja restabelecida, e tenho plena convicção de que ela será, com provas técnicas e testemunhais.”

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Redação

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