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Pochmann é ignorado em eventos de prefeitos

O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, foi totalmente escanteado no Encontro Nacional de Prefeitos, evento que reuniu lideranças municipais em Brasília, nesta quinta-feira (12). Enquanto o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), discursava para no auditório principal, Pochmann palestrou para uma sala vazia, onde cerca de 10 pessoas estavam presentes – dentre elas assessores e membros da equipe técnica do evento. A ausência de público escancara o isolamento do chefe do IBGE e a irrelevância dele após o aparelhamento ideológico do Instituto. Veja o vídeo abaixo:

Paralelamente, Pochmann enfrentou uma nova crise dentro do IBGE nesta tarde de quinta. Servidores do órgão denunciam que um acordo entre o instituto e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) pode abrir brechas para a comercialização de informações estatísticas e para o vazamento de dados sensíveis. Segundo os servidores, o acordo “compromete não apenas a autonomia do IBGE, mas a credibilidade das informações que embasam políticas públicas”.

O documento do acordo menciona o termo “dados pessoais” 36 vezes, sem esclarecer como a segurança dessas informações será garantida. Apesar de prever a observância da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o texto também indica a possibilidade de “avaliação da viabilidade técnica e comercial de oportunidades de negócios” — levantando preocupações sobre o uso comercial de dados que deveriam servir apenas ao interesse público.

Os servidores criticam ainda o fato de Pochmann ter fechado o acordo sem consultar a equipe técnica, repetindo o mesmo comportamento observado na criação do polêmico IBGE+, uma fundação paralela financiada por empresas privadas e estatais. O projeto foi suspenso após forte resistência interna e pressão do Ministério do Planejamento.

Pochmann prepara “caça às bruxas” no IBGE

Diante das críticas e do desgaste interno, Pochmann está montando uma estrutura de vigilância sobre os próprios servidores. Ele solicitou ao Ministério do Planejamento a cessão de cinco servidores para compor um grupo de compliance e gestão de riscos dentro do IBGE. A justificativa oficial é aprimorar processos internos, mas a iniciativa levanta suspeitas de retaliação contra os servidores que denunciaram as irregularidades.

O IBGE já possui uma Comissão de Ética e uma Corregedoria para lidar com desvios internos, o que torna a criação desse novo grupo ainda mais questionável. Para os servidores, trata-se de uma tentativa de controle e intimidação dos funcionários que questionam a gestão Pochmann.

Escolhido por Lula para comandar o IBGE, Pochmann tem atuado mais como militante do que como gestor. Mantém vínculos com a Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, e usa sua posição para atacar adversários do governo, como as “big techs”, o “Norte Global” e o Banco Central. Desde que assumiu, tem buscado apresentar estudos que favorecem a narrativa petista, como a recente pesquisa que aponta uma suposta redução de 8,7 milhões de pessoas na pobreza — um dado amplamente questionado.

A gestão de Pochmann tem sido marcada por descontentamento interno, crises recorrentes e suspeitas de manipulação estatística para favorecer o governo. Com seu isolamento crescente, o presidente do IBGE corre o risco de se tornar uma figura descartável até mesmo dentro da administração petista.

 

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