Débora Floriano assumiu nesta quinta-feira (24) a presidência interina do INSS e já conta com o aval do Palácio do Planalto para permanecer de forma definitiva no cargo. A avaliação positiva parte de auxiliares do governo Lula e, segundo a CNN, há expectativa de que ela seja efetivada.
De acordo com fontes da Secretaria de Comunicação da Presidência, o ministro Sidônio Palmeira considera Débora uma escolha técnica acertada, informa a CNN. Funcionária de carreira do Instituto desde 2008, ela é vista como “bem-preparada”, com especialização em Direito e Processo do Trabalho. Internamente, é reconhecida por sua atuação em áreas estratégicas, como licitações, contratos e logística.
Antes da nomeação interina, Débora comandava a Diretoria de Orçamento, Finanças e Logística. Também já ocupou os cargos de coordenadora de compras e serviços no próprio INSS.
Apesar do apoio técnico dentro do governo, há resistências políticas. Interlocutores próximos ao núcleo petista admitem que há pressão para que o cargo seja ocupado por um nome ligado ao partido. A ideia seria sinalizar à base que o PT está no controle de áreas sensíveis da máquina pública e “resolvendo seus próprios problemas”.
Débora Floriano substitui Alessandro Stefanutto, afastado após operação da Polícia Federal que investigou um esquema nacional de descontos associativos irregulares aplicados a aposentados e pensionistas. Os valores eram repassados a entidades e sindicatos, sem a devida autorização dos beneficiários, prática que só é permitida mediante decisão judicial ou autorização expressa.