Artigos Exclusivos

Oposição reage a corte do Plano Safra

A decisão do governo federal de reduzir os recursos equalizados do Plano Safra gerou forte reação entre parlamentares e representantes do agronegócio. O deputado federal Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, criticou a medida, classificando-a como “um retrocesso alarmante” que compromete a competitividade do setor e a segurança alimentar do país.

O documento foi enviado às instituições financeiras que operam crédito rural, suspendendo novas contratações de financiamentos subsidiados a partir desta sexta-feira (21), sem previsão de retomada. Apenas as linhas de financiamento do Pronaf Custeio seguem ativas.

O Ministério da Fazenda justifica a medida com a necessidade de revisão dos gastos com equalização de taxas de juros, sob coordenação da Secretaria de Política Econômica (SPE/MF). Segundo a pasta, novos parâmetros econômicos indicaram um aumento expressivo nas despesas com subsídios, pressionados pela elevação dos índices econômicos. O governo alega que a atualização das projeções revelou um impacto significativo nas contas públicas, o que levou à suspensão dos créditos subsidiados pelo Tesouro Nacional.

Zucco criticou duramente a decisão: “A recente decisão do governo federal de cortar recursos equalizados do Plano Safra lança uma sombra de incerteza sobre um setor que é pilar da nossa economia e da segurança alimentar do país”. Ele destacou que o programa é essencial para o crescimento e modernização do campo, permitindo que produtores invistam em tecnologia e expandam suas atividades.

O deputado apontou quatro principais consequências da medida:

  • Aumento dos Custos de Produção: Com menos acesso a crédito subsidiado, os agricultores enfrentarão juros mais altos, encarecendo a produção e reduzindo a competitividade.
  • Desaceleração do Investimento: A incerteza sobre o financiamento desestimula a adoção de novas tecnologias e a expansão de infraestrutura.
  • Riscos à Segurança Alimentar: A queda na produção pode elevar os preços dos alimentos, afetando principalmente as famílias de baixa renda.
  • Impacto nas Exportações: O agronegócio, um dos principais motores da economia nacional, pode perder competitividade no mercado internacional, afetando a balança comercial.

Zucco questionou a “lógica” por trás da decisão e cobrou uma solução urgente do governo. “O governo precisa encontrar urgentemente espaço no orçamento e retomar as operações de crédito. Não há prioridade maior nesse país do que comida na mesa dos brasileiros”, declarou.

A medida adotada pelo governo Lula amplia o desgaste junto ao setor do agronegócio, que já vinha demonstrando insatisfação com a falta de diálogo e políticas que dificultam o acesso ao crédito e à infraestrutura necessária para o desenvolvimento do setor. O espaço segue aberto para manifestação do governo sobre a decisão.

Compartilhar nas redes sociais

Mariana Albuquerque

Mariana Albuquerque

Deixe um comentário

Leia mais

bolsonaro-oeste
img_1661-1
dilma-rindo
img_1659-1
img_1652-1
img_1652-1
img_1653-1
img_1651-1
Jutiça Eleitoral de SP torna Pablo Marçal inelegível até 2032
img_1649-1
Alexandre de Moraes dá 48 h para que Rumble indique representante legal no Brasil
Desembargadora da Bahia é acusada pelo MP de formar organização criminosa com seus filhos
Dantas Questiona Mourão: Por que o Senhor Não Está na Denúncia?; Assista