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Oposição na Câmara denuncia “ditadura constitucional” e perseguição contra Bolsonaro

A oposição na Câmara reagiu duramente nesta quarta-feira (19) à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe de Estado. Em entrevista coletiva no Salão Verde da Casa, parlamentares classificaram a medida como uma tentativa de “matar Bolsonaro politicamente” e alertaram para o que chamam de “ditadura constitucional” em curso no país.

O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), afirmou que a denúncia faz parte de uma “articulação do sistema” para eliminar Bolsonaro do cenário político. Ele também acusou o Estado de avançar sobre as liberdades individuais.

“Nossa luta não é apenas por um grupo específico, mas pelo direito de todos os brasileiros viverem em uma sociedade em que a liberdade não seja uma concessão do Estado, mas um direito inalienável. Hoje, a perseguição é contra a direita conservadora; amanhã, quem será o próximo? Esse autoritarismo, esta ditadura constitucional que se instala sob o disfarce da legalidade, precisa ser parada”, disse Zucco.

Durante a coletiva, os parlamentares apresentaram um manifesto lido por Zucco, no qual afirmam que a denúncia representa “mais um degrau na escalada criminosa contra a liberdade dos brasileiros” e criticam a falta de provas concretas.

Já no Senado, o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), condenou a suposta instrumentalização política do Judiciário e defendeu que as punições pelos atos de 8 de janeiro sejam proporcionais.

“Nós não somos favoráveis à depredação de prédios públicos, ao vandalismo, à invasão de prédios públicos. Achamos que quem fez e foi privado através da individualização de culpas deve ser responsabilizado, mas não com 17 anos, não com 14 anos. A sociedade precisa sim de pacificação, precisa sim de reconciliação, mas precisa mais de justiça”, afirmou Marinho.

Ele também questionou a isenção do STF no caso e apontou o uso do processo para influenciar as eleições de 2026.

“Como crer na isenção desse processo quando vemos ministros do Supremo Tribunal Federal afirmarem que é necessário que este processo termine esse ano pra não contaminar as eleições de 2026? E o devido processo legal? E o respeito ao ordenamento jurídico? E o direito de defesa daqueles que estão sendo acusados injustamente? E a possibilidade de produzir provas? Tudo isso cai por terra porque nós ‘não podemos contaminar o processo eleitoral’”, criticou.

A deputada Caroline de Toni (PL-SC) também atacou a denúncia, chamando-a de “narrativa construída para intimidar a direita no Brasil”.

“Essa denúncia está baseada em uma única evidência, na delação do Mauro Cid. O STF é um tribunal político. É uma perseguição política”, afirmou.

A denúncia contra Bolsonaro e outros 33 investigados foi apresentada na terça-feira (18) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e agora aguarda decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre a abertura do processo penal.

Assista à coletiva:

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Redação

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