Há dois meses revelei que o NetLab da UFRJ, um dos principais núcleos de produção de conteúdo contra a direita no Brasil, era financiado por fundações privadas de viés globalista, como Open Society, Ford Foundation, OAK, Climate and Land Use Alliance e Galo da Manhã. Agora, descobre-se que os milhões escoados por essas entidades não estão lastreados em qualquer contrato ou convênio, o que torna tudo ainda mais suspeito. A informação foi fornecida pelo próprio grupo de pesquisas ao responder a um requerimento de informação encaminhado pela Liderança do Partido Novo na Câmara após minha reportagem. Na resposta, o NetLab diz que “estabelece com seus apoiadores” relação de diferentes naturezas: doação financeira, chamada pública, acordo de parceria, colaboração sem recursos e termo de execução descentralizada. Os milhões dos globalistas entram na conta da instituição por meio de “doação financeira – sem assinatura de convênio ou contrato”. “Essas doações não possuem encargos nem contrapartidas por parte da Universidade, que tem plena autonomia para aplicar os recursos financeiros na pesquisa”, diz.
Considerando todos os “apoios” para seus projetos desde 2020, o NetLab informa ter obtido um total de R$ 9,64 milhões (veja tabela abaixo), com um salto nas parcerias a partir do ano passado, após o retorno de Lula ao poder. Vários desses projetos estão em vigor e se estendem ao longo de duas eleições (2024 e 2026). As entidades privadas representam quase 75% das fontes de recursos, sendo 53,4% de origem internacional. Apesar do evidente alinhamento político-ideológico dessas organizações, o grupo de pesquisas alega que seu trabalho prima pela “máxima liberdade acadêmica”. Mas quem acompanha a publicação de artigos e estudos, festivamente replicados em sites de notícias, jornais e TVs, percebe o mesmo viés globalista com foco permanente na tentativa de criminalizar o discurso de direita ou de qualquer um que critique o atual governo e o STF.
Isso fica latente nas linhas de pesquisa e no conteúdo produzido. O NetLab diz que os projetos financiados e em vigor se concentram em estudos sobre “Meio Ambiente e Mudança Climática”, “Economia Política da Desinformação” e “Desinformação de gênero e discurso de ódio”. No caso da segunda linha de pesquisa, a produção é focada no “estudo das relações econômicas e políticas que sustentam a indústria da desinformação online, como anúncios e publicidade com golpes, fraudes e roubo de dados dos usuários das plataformas online”. O conceito de “indústria da desinformação” tem sido amplamente utilizado pelas autoridades de plantão para sugerir a existência de um setor organizado e dedicado à desinformação, o que justificaria a aprovação urgente de uma legislação para regular a produção e disseminação de conteúdo online. Censura, claro.
No documento, o grupo diz que também realiza estudos sobre “Ciência, Negacionismo e Teorias da Conspiração” e “Política, Eleições e Desinformação”, mas que esses estudos não recebem recursos financeiros.
Para bom entendedor, a atuação do NetLab sugere alinhamento com as diretrizes ecoadas pela