O bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge) na administração Trump, levantou um debate explosivo no X. Ele questionou se “juízes federais que abusam repetidamente de sua autoridade para obstruir a vontade do povo por meio de seus representantes eleitos devem ser acusados”.

A pergunta foi publicada em forma de enquete, oferecendo duas opções de resposta: sim ou não. Até a última atualização, 93% dos votos eram favoráveis ao impeachment de magistrados.

O estopim da discussão foi uma decisão do juiz distrital dos EUA John Bates, que ordenou que agências de saúde restaurassem páginas removidas em janeiro para cumprir um decreto de Donald Trump sobre “ideologia de gênero e extremismo”. O magistrado alegou que a retirada prejudicaria a saúde pública.

Bates determinou que o governo reinstalasse os conteúdos indicados pelo grupo Doctors for America, uma organização de viés progressista, até a noite de terça-feira (11). Entre os materiais citados estão orientações sobre bullying, cigarro eletrônico e estatísticas sobre HIV.

A decisão se soma a outras tentativas da Justiça Federal de frear decretos de Trump, especialmente em temas como imigração, ideologia de gênero e direitos de servidores.

Musk e Trump contra o ativismo judicial

Trump e Musk têm criticado fortemente as interferências da Justiça em políticas do Executivo. Recentemente, uma decisão impediu o Departamento de Musk de acessar dados privados de servidores, levando-o a pedir o impeachment do juiz responsável.

O vice-presidente JD Vance também se manifestou: “Se um juiz tentasse dizer a um general como conduzir uma operação militar, isso seria ilegal. Se um juiz tentasse dar ordens ao procurador-geral sobre como usar seu poder discricionário como promotor, isso também seria ilegal. Os juízes não têm permissão para controlar o poder legítimo do Executivo”.