Deputados do PL articulam com o Centrão uma alteração na Lei da Ficha Limpa para viabilizar a candidatura de Jair Bolsonaro em 2026. A proposta reduziria de oito para dois anos o período de inelegibilidade para condenados, permitindo que o ex-presidente concorra no próximo pleito. No entanto, mesmo com as mudanças na lei, caso o ex-presidente receba uma nova condenação, o prazo passaria a contar novamente, perdendo assim, a chance de se candidatar às eleições de 2026.
A mudança precisa ser aprovada até outubro para que Bolsonaro possa disputar a eleição presidencial. Ele foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, tornando-se inelegível até 2030. A decisão foi baseada em um encontro com embaixadores estrangeiros, no qual Bolsonaro questionou a segurança do sistema eleitoral, em evento transmitido pela TV Brasil.
Pesquisas indicam que Bolsonaro ainda é o nome mais forte contra Lula. Segundo levantamento do Instituto Quaest, 41% dos eleitores afirmam que votariam no ex-presidente, quatro pontos abaixo do petista. A diferença no pleito de 2022 ficou em cerca de 2 milhões de votos. Em número de votos, o petista conseguiu 60,1 milhões, ao passo que Bolsonaro alcançou 58 milhões.
Outro nome que surge como alternativa é o cantor Gusttavo Lima, que tem 29% de aceitação. Em um eventual segundo turno, Lula aparece com 41% contra 35% do sertanejo. O cantor anunciou sua intenção de disputar a presidência no início do ano e disse esperar a união entre partidos para um governo “pró-povo brasileiro”.