O Ministério Público Eleitoral (MPE) de Goiás recomendou nesta segunda-feira (10) a reversão da inelegibilidade do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), condenado por abuso de poder político. A Justiça Eleitoral o declarou inelegível por oito anos em dezembro de 2024, alegando que ele usou sua posição para favorecer Sandro Mabel (União Brasil) na disputa pela prefeitura de Goiânia.
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) também cassou os mandatos de Mabel e da vice-prefeita eleita, Cláudia Lira (Avante). A condenação se baseou em jantares realizados no Palácio das Esmeraldas, que, segundo a Justiça, teriam sido usados para garantir apoio ao candidato de Caiado. O governador nega irregularidades e afirma que eventos semelhantes ocorreram com outros políticos sem punições.
O MPE reconhece que os encontros influenciaram a eleição, mas considera a punição desproporcional. O órgão argumenta que os jantares foram fechados, sem transmissão pública, e que não há provas de gastos irregulares. O procurador regional eleitoral, Marcello Wolff, defendeu a substituição da inelegibilidade por multa.
Trechos de gravações anexadas ao processo mostram Caiado pedindo apoio a Mabel, reforçando sua influência na prefeitura. O caso segue para nova análise da Justiça Eleitoral.