Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), favoritos para presidir a Câmara e o Senado, não devem participar do ato de 8 de janeiro no Palácio do Planalto. A cerimônia marca dois anos dos protestos nas Esplanada, e se torna um espetáculo montado do governo petista.
Embora oficialmente estejam fora de Brasília por conta do recesso, aliados afirmam que a ausência é uma estratégia para evitar atritos com a oposição às vésperas da eleição no Congresso. A participação poderia gerar desgaste, especialmente com parlamentares que defendem o projeto de anistia aos envolvidos nas invasões de 2023.
Integrantes do Centrão criticam, em reservado, o que veem como uma tentativa do governo Lula e do PT de capitalizar o evento em defesa da democracia.
Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atuais presidentes da Câmara e do Senado, também não confirmaram presença. Em 2024, Lira já havia faltado a uma cerimônia semelhante no Congresso.
A programação do governo começa às 9h30 e inclui a entrega de obras restauradas, como o relógio do século 17 recuperado na Suíça, além de um “Abraço da Democracia” na Praça dos Três Poderes. Ministros foram convocados para o evento.