O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (11) que a taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio imposta pelos Estados Unidos não é uma medida contra o Brasil, mas uma decisão “genérica”. A tarifa, anunciada pelo presidente Donald Trump no domingo (9) e assinada na segunda (10), entra em vigor em março.
Haddad disse que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), liderado por Geraldo Alckmin, está reunindo informações para repassá-las a Lula. “Estamos acompanhando para entender as implicações, mas não é algo específico contra o Brasil”, afirmou o ministro.
A decisão de Trump atinge diretamente o Brasil, um dos maiores exportadores de aço para os EUA, ao lado de Canadá e México. Em 2023, os EUA receberam 13,5% das exportações brasileiras de alumínio, segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal).
No primeiro mandato de Trump, medidas semelhantes causaram temor no setor, mas o governo norte-americano acabou recuando. Ainda assim, Haddad classificou as tarifas como “contraproducentes” e criticou o que chamou de “desglobalização”.
Trump descartou temer retaliações internacionais. “Se houver retaliação, nós também retaliamos. Se eles aumentam, nós aumentamos automaticamente”, afirmou o ex-presidente, justificando a medida como essencial para reerguer a indústria americana.
Enquanto isso, o governo Lula minimiza o impacto da taxação, sem apresentar qualquer estratégia para defender a indústria brasileira.
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