O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou às centrais sindicais que não participará do tradicional ato do Dia do Trabalhador, marcado para o 1º de maio em São Paulo. A decisão de Lula, confirmada a aliados, é justificada pela impossibilidade de comparecer a mais de um evento na mesma data. Além do ato principal na capital paulista, sindicatos também planejam festividades para trabalhadores em São Bernardo do Campo.
Se mantiver a decisão, será a primeira vez que Lula não comparecerá ao evento desde que retornou ao Palácio do Planalto. Em 2024, o ato teve baixa participação, o que poderia gerar constrangimentos ao petista. Na época, a presença massiva de políticos no palanque contrastou com a escassez de público, o que acabou tornando a imagem do evento desfavorável.
Porém, representantes das centrais sindicais minimizaram a possibilidade da ausência do presidente e lembraram que Lula receberá as entidades no Palácio do Planalto na próxima terça-feira (29), em Brasília, informa a CNN. Na data, as centrais serão recebidas após a “Marcha da Classe Trabalhadora”, um evento que reunirá representantes de diversas categorias para debater pautas como o fim da escala 6 x 1 e a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil.
Aliados de Lula, por outro lado, não escondem que a ausência pode evitar novos constrangimentos, especialmente depois do fiasco de 2024, quando o evento foi marcado pela baixa adesão popular. Após o evento, tanto Lula quanto o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) foram multados pela Justiça Eleitoral devido a propaganda antecipada. Na ocasião, o presidente cometeu o erro de pedir votos a Boulos antes do prazo legal.