O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a demonstrar seu desprezo por adversários políticos ao afirmar, nesta quarta-feira (5), que Jair Bolsonaro (PL) perderá novamente caso tenha sua candidatura liberada pela Justiça para a disputa de 2026. Durante entrevista a rádios de Minas Gerais, Lula ironizou a possibilidade de enfrentar o ex-presidente nas urnas e insinuou que a derrota seria certa. “Se for comigo, vai perder outra vez”, declarou, ignorando os milhões de votos recebidos pelo seu opositor nas últimas eleições e demonstrando confiança na máquina governamental que o sustenta.

Além das provocações políticas, Lula se posicionou contra o projeto de anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro, desconsiderando o princípio da presunção de inocência e sugerindo que aqueles que pedem anistia antes da condenação estão assumindo sua culpa.

“Quando as pessoas nem foram condenadas e estão pedindo anistia, é porque estão se condenando. Eles acham que fizeram exatamente aquilo que a Justiça está dizendo que eles fizeram”, afirmou.

A declaração reforça o tom autoritário do governo petista, que defende um “processo democrático”, mas ao mesmo tempo já define culpados antes do julgamento final.

Lula também aproveitou a entrevista para atacar novamente Jair Bolsonaro, criticando a decisão do ex-presidente de viajar para os Estados Unidos no final de 2022, classificando sua saída como uma “podridão de comportamento”. O petista sugeriu que Bolsonaro deveria ter participado da cerimônia de posse, ignorando o ambiente de perseguição política que se intensificava contra o então presidente e seus aliados. Lula afirmou que “Se ele fosse um homem que não tivesse preparado toda aquela podridão de comportamento, ele teria ficado, teria dado posse como qualquer ser humano civilizado faria. Mas ele não”, evidenciando sua obsessão em desmoralizar o adversário.

Ao tentar deslegitimar seus opositores antes mesmo da corrida eleitoral de 2026, Lula deixa claro que seu projeto de poder busca tirar a credibilidade dos adversários antes mesmo da candidatura oficial.