O governo de Luiz Inácio Lula da Silva decidiu enviar a embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia de Oliveira, para representar o país na posse de Nicolás Maduro, marcada para 10 de janeiro. A decisão foi confirmada por fontes do Itamaraty ao UOL.

Embora Lula mantenha canais diplomáticos com Maduro, o Brasil não enviará ministros ou autoridades de alto escalão, em sinal de insatisfação com a falta de transparência no processo eleitoral venezuelano.

Em julho de 2024, Maduro foi reeleito em uma votação contestada pela oposição, que alega fraude.

Conforme já havia adiantado este portal, o PT assinou uma resolução do Foro de São Paulo que reconhece a vitória de Nicolás Maduro na Venezuela. O documento foi elaborado após um encontro no México, com participação de Mônica Valente, integrante da executiva do PT. A decisão foi mantida em sigilo para evitar repercussão negativa. O deputado Reginaldo Lopes afirmou na época que o apoio a Maduro não reflete a visão de Lula ou da maioria do partido.

Organizações de direitos humanos pressionam o Brasil a adotar uma postura mais firme contra Maduro, enquanto movimentos sociais defendem o reconhecimento da vitória e o fortalecimento da integração regional.

A ONU expressou preocupação com a repressão na Venezuela e pediu respeito ao direito de manifestação antes da posse. O Brasil, por sua vez, mantém a embaixada aberta.