O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que a sigla tem o direito regimental de presidir 6 comissões em 2025, já que o partido tem a maior bancada da Casa.
De acordo com o parlamentar, não há nenhum acordo com o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que faça o partido abrir mão das comissões.
“Regimentalmente, o PL tem direito a 6 comissões. E a ordem das pedidas também é regimental. A 1ª e a 2ª pedida são do PL e depois a 3ª da Federação PT, PC do B, PV, (…) Eu não abrirei mão do que o Regimento me dá direito, até porque não houve nenhum tipo de acordo na eleição do presidente Hugo Motta para a definição dessa ou daquela comissão”, disse Sóstenes Cavalcante em entrevista concedida ao Poder360, nesta quinta-feira (13).
Em 2023, o PL comandou cinco comissões:
•CCJ (Constituição e Justiça) – Caroline de Toni (PL-SC)
•Educação – Nikolas Ferreira (PL-MG)
•Segurança Pública – Alberto Fraga (PL-DF)
•Esporte – Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP)
•Previdência e Família – Pastor Eurico (PL-PE)
Agora, o PL quer mais espaço e pretende comandar Saúde, Relações Exteriores, Agricultura, Orçamento e Segurança Pública.
“Vamos pedir as melhores comissões. Isso eu posso adiantar”, disse Sóstenes, destacando que já discutiu a estratégia com Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro.
O embate deve se acirrar na disputa pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN). O
PL quer Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no comando, mas o PT articula para barrar seu nome.
Além disso, o partido de Lula também deve se opor à manutenção do PL na Comissão de Segurança Pública, considerada estratégica para pautas conservadoras.
Até o momento, apenas Viação e Transportes (PP), Minas e Energia (PSD) e Turismo (PSD) têm presidências definidas. A disputa pelas demais deve esquentar nos próximos dias.