Em entrevista o programa Alive, mais cedo questionei o senador Eduardo Gomes (PL-TO), vice-presidente do Senado, e o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), autor do pedido de impeachment, sobre o projeto de Bibo Nunes (PL-RS) para reduzir o período de ilegibilidade previsto na Lei da Ficha Limpa, de 8 para 2 anos.

Gomes acha que o debate precisa tirar “o presidente Jair Bolsonaro do foco”. Segundo ele, a Ficha Limpa deve ser revista por vários motivos e para benefício geral da política. Não seria, portanto, algo direcionado ao ex-presidente, pois, caso ele receba outras condenações, essa mudança pontual não irá reabilitá-lo politicamente.

“Quando falamos da Ficha Limpa ou da Lei da Anistia, há uma ansiedade da população que vincula todo e qualquer projeto a Bolsonaro”, ressaltou. “As coisas estão sendo discutidas. Vai num caminho. O que aconteceu com as condenações do presidente atual? Essa reflexão tem que ser maior.”

Nogueira, por sua vez, vê uma aplicação enviesada da lei. “Vimos um presidente condenado em todas as instâncias sentar na cadeira de presidente. Essa Lei da Ficha Limpa não serviu de nada para o lado de lá. Parece que a inelegibilidade somente é aplicada a políticos da direita”, disse. “Quando o peso da lei é só para um lado, não é justiça.”

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