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Lei anti-Oruam: dinheiro público não pode financiar shows com apologia ao crime

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) anunciou nesta segunda-feira (27.jan.2025) que irá protocolar o projeto de lei “anti-Oruam”, com o objetivo de proibir o uso de recursos públicos em shows de artistas que promovam apologia ao crime organizado, tráfico de drogas ou pedofilia. O nome faz referência ao rapper carioca Oruam, filho de Marcinho VP, apontado como líder do Comando Vermelho.

“A ideia é garantir que o dinheiro público não seja usado para financiar quem glorifica práticas criminosas ou ameaça a ordem pública. Cultura é essencial, mas não podemos romantizar o crime ou as drogas com recursos dos contribuintes”, afirmou Kataguiri em suas redes sociais.

A iniciativa federal surge no contexto do projeto da vereadora paulistana Amanda Vettorazzo (União Brasil), do Movimento Brasil Livre (MBL). O texto apresentado por Vettorazzo proíbe que o município de São Paulo contrate shows ou artistas que promovam o crime ou incentivem o uso de drogas, especialmente em eventos abertos ao público infantojuvenil.

A vereadora compartilhou nas redes sociais que foi alvo de ameaças após o anúncio do projeto, atribuindo os ataques à base de fãs de Oruam, conhecida como “Tropa do 22”. “Ele incitou seus seguidores a me ameaçarem, o que cerceia meu dever como vereadora. Registrei um boletim de ocorrência para que a polícia investigue”, declarou.

Quem é Oruam?

O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, ganhou notoriedade em 2022 após se apresentar no festival Lollapalooza com uma camiseta que trazia a foto de seu pai, Marcinho VP, e a palavra “liberdade”.

Nas redes sociais, Kataguiri se posicionou de forma enfática contra as ameaças recebidas pela vereadora. “Não tenho medo de vagabundo”, afirmou. Já Eduardo Pedrosa, deputado distrital que defende proposta similar no Distrito Federal, reforçou a necessidade de se priorizar áreas essenciais com o uso de dinheiro público: “Você prefere que seus impostos financiem shows que promovem o crime ou sejam investidos em saúde, educação e segurança?”, questionou.

Vettorazzo também registrou um boletim de ocorrência contra Oruam, acusando-o de incitar ataques de seus seguidores. Segundo a vereadora, fãs do rapper enviaram mensagens com ameaças de morte e imagens de armas.

O projeto “anti-Oruam” é uma necessidade para se combater a cultura do crime. Vale dizer que Oruam tatuou o rosto de Elias Maluco, que torturou e executou brutalmente o jornalista Tim Lopes.

“É importante deixar claro: ninguém está proibindo o artista ‘A’ ou ‘B’ de fazer shows. Eles podem cantar o que quiserem, mas não com dinheiro público – que, no final, é o seu dinheiro. Investir em cultura é essencial, mas não podemos aceitar que recursos públicos financiem quem promove ou romantiza o crime, as drogas ou a pedofilia”, escreveu Pedrosa.

 

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Redação

Redação

Respostas de 2

  1. NO BRASIL O CRIME COMPENSA DEPENDENDO DE QUEM SEJA O CRIMINOSO E DE QUEM VAI JULGÁ-LO.

    “O HOMEM parece mais com o seu TEMPO do que com os seus próprios PAIS.”

    Inda bem que a minha geração já está indo embora. Não suportaríamos tantas INVERSÕES DE VALORES.

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