As Forças de Defesa de Israel (FDI) avançaram sobre território sírio após a queda do governo de Bashar al-Assad no domingo (8), resultado de uma ofensiva de insurgentes apoiados por potências estrangeiras.
De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, Israel realizou mais de 300 ataques aéreos contra infraestruturas militares sírias desde a queda de Assad. Nesta segunda-feira (10), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que ordenou ao Exército ocupar uma zona tampão entre as Colinas de Golã, área controlada por Israel desde 1967, e o restante do território sírio.
“Instruí as FDI a tomarem a zona tampão e posições de comando adjacentes, incluindo o cume do Hermon, conhecido como Hermon Sírio”, afirmou Netanyahu. O Monte Hermon fica na tríplice fronteira entre Israel, Síria e Líbano, próximo às Colinas de Golã.
Israel informou ao Conselho de Segurança da ONU que a ocupação do Monte Hermon é temporária. O embaixador israelense Danny Danon alegou que o objetivo é proteger a segurança de Israel, mantendo compromisso com o Acordo de 1974.
Por outro lado, Stéphane Dujarric, porta-voz da ONU, afirmou que a ocupação militar da área fere o acordo. “As ações israelenses violam o Acordo de Desengajamento de 1974, que proíbe forças ou atividades militares na área de separação. Israel e Síria devem cumprir os termos para preservar a estabilidade no Golã”, declarou.