Três indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para diretorias do Banco Central (BC) afirmaram nesta terça-feira (10) compromisso com o controle da inflação, principal missão da instituição. As declarações foram dadas durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Os indicados são Izabela Correa, para a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta; Gilneu Vivan, para a Diretoria de Regulação; e Nilton David, para a Diretoria de Política Monetária, em substituição a Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência do BC em 2025, no lugar de Roberto Campos Neto.
A aprovação pelos senadores depende de votação na CAE e no plenário. Caso confirmados, a partir de 2025 a maioria da diretoria do BC será composta por nomes indicados por Lula, marcando uma mudança em relação à gestão atual, ainda majoritariamente formada por escolhas de Jair Bolsonaro.
Cenário econômico e política de juros
A sabatina ocorre em meio a expectativas de alta da taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano. O mercado projeta aumento para 12,25% em 2024, com possibilidade de elevação ainda maior em 2025, atingindo 13,50%.
O Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado responsável por definir a taxa básica de juros, se reúne esta semana para a última decisão do ano. A expectativa predominante é de um ajuste de 0,75 ponto percentual, embora algumas instituições financeiras apostem em alta de 1 ponto percentual.
Com a autonomia do Banco Central, aprovada em 2021, os diretores e o presidente do BC têm mandato fixo.