A tensão entre as duas maiores economias do mundo voltou a movimentar os mercados, com a chamada Guerra Tarifária. Neste sentido, um dos nossos analistas (Daniel Brito Campesi) escreveu essa breve análise sobre como essa disputa afeta sua carteira de investimentos e quais oportunidades o Brasil pode aproveitar.
Neste artigo, você entederá o seguinte:
- O que motivou a nova rodada da guerra tarifária;
- Como EUA e China estão se posicionando;
- Impactos diretos nos mercados globais; e
- Oportunidades e riscos para o Brasil.
A guerra tarifária entre EUA e China: o que mudou agora?
A guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China voltou a escalar, reacendendo incertezas nos mercados globais. O novo capítulo foi desencadeado por Donald Trump, que anunciou tarifas de 10% sobre diversos parceiros comerciais – e bem mais para outros. Em poucos dias, redirecionou o foco para a China, aumentando ainda mais as tensões.
Os EUA impuseram uma tarifa efetiva de 54% sobre produtos chineses. Em contrapartida, a China anunciou, em 4 de abril de 2025, uma tarifa de 34% sobre todas as importações de produtos americanos. Para reforçar sua posição, Trump suspendeu as tarifas para outros países por 90 dias e aumentou as tarifas contra produtos chineses em 125%.
Reação dos mercados à nova guerra tarifária
O impacto foi imediato. No dia 8 de abril, o S&P 500 caiu ao menor nível em quase um ano. As bolsas asiáticas e europeias recuaram em sintonia.
No Brasil, o Ibovespa caiu para 122.550 pontos.
Com a suspensão temporária das tarifas para outros países, houve uma recuperação parcial dos mercados. No entanto, os índices de volatilidade seguem elevados, refletindo o aumento da aversão ao risco.
Por que Trump está reativando a guerra tarifária?
A medida tem como pano de fundo a tentativa de reequilibrar o cenário fiscal dos EUA. A dívida pública americana atinge níveis históricos, resultado de políticas expansionistas dos últimos governos.
Trump aposta em três pilares:
- Aumento de tarifas para gerar arrecadação imediata;
- Substituição de importações por consumo interno; e
- Atração de investimentos estrangeiros diretos.
Estes movimentos de Donald Trump foram executados de modo a mitigar o risco-país dos EUA, uma vez que a relação dívida/PIB tende a diminuir.
A expectativa era de que a curva de juros cedesse frente a este movimento e os preços dos títulos americanos caíssem. No entanto, um movimento contrário ocorreu – uma grande leva de bonds foram ofertados no mercado, fazendo com que o preço destes caíssem e a curva de juros aumentasse.
A suspeita é de que a China, país que mais detém títulos da dívida americana, tenha lançado esses títulos no mercado, manipulando o movimento natural e tentando impactar a credibilidade americana como porto seguro dos investidores.
Os efeitos das tarifas sobre a China
Desde os anos 1990, a China construiu sua força econômica com base em exportações. Entre 2000 e 2024, o país teve crescimento médio anual de 8,5%. Esse modelo, baseado em livre comércio, agora está sob ataque.
As tarifas americanas tornam os produtos chineses menos competitivos, forçando o país a repensar sua estratégia de crescimento. A guerra tarifária, nesse contexto, é também uma batalha por influência econômica global.
Como a guerra tarifária afeta os mercados financeiros?
A instabilidade aumentou. Investidores globais buscam ativos mais seguros — como ouro e moedas fortes — enquanto reduzem exposição a ações e países emergentes.
A volatilidade tende a se manter elevada, e o apetite por risco permanece restrito. Cenários como esse exigem atenção redobrada dos investidores quanto à diversificação e proteção de carteira.
E o Brasil? Oportunidades em meio ao conflito
Apesar da tensão, o Brasil pode se beneficiar. Como exportador relevante para EUA e China, o país pode preencher lacunas deixadas pelas barreiras tarifárias entre as duas potências.
Além disso, há espaço para:
- Ampliar exportações de commodities;
- Reforçar laços diplomáticos com ambos os lados; e
- Atrair empresas em busca de novos polos de produção.
Contudo, o aproveitamento dessas oportunidades dependerá da agilidade do governo brasileiro e de uma atuação estratégica do setor privado.
Considerações finais: como o investidor deve agir?
A guerra tarifária entre EUA e China está longe de um desfecho. A volatilidade é o novo normal e, em tempos assim, informação e estratégia fazem a diferença.
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