O governo Lula abriu uma licitação de R$ 180 milhões para fornecer alimentação a imigrantes venezuelanos em Boa Vista e Pacaraima (RR), dentro da Operação Acolhida. O novo contrato pode elevar em 76% os gastos com refeições para refugiados, que atualmente são de R$ 102 milhões.
A nova licitação surge após os Estados Unidos cortarem o financiamento da Organização Internacional para as Migrações (OIM), que auxiliava na operação humanitária no Brasil.
O governo Lula alegou que a medida “exigiu ações emergenciais”, incluindo a realocação de servidores da saúde, assistência social e Defesa para manter os serviços.
No entanto, a expansão dos gastos públicos levanta questionamentos sobre a priorização de recursos, especialmente diante de cortes internos e da deterioração dos serviços públicos em diversas áreas.
O pregão, realizado na última sexta-feira (31), recebeu propostas para 60 itens. A Paladar Nutri, empresa responsável pelo fornecimento atual, questionou o processo e pediu a suspensão da licitação, alegando que as mudanças no edital poderiam comprometer a qualidade da alimentação.
Essa não é a primeira polêmica envolvendo contratos da Operação Acolhida. Em 2024, uma licitação anterior foi suspensa pela Justiça Federal do Amazonas devido a suspeitas de irregularidades.