A ButanVac, anunciada por João Doria em 2021 como a primeira vacina 100% nacional contra a Covid-19, fracassou nos testes e custou R$ 61,4 milhões ao Instituto Butantan. Após três anos de ensaios clínicos, a vacina não atingiu os níveis necessários de anticorpos e teve seu desenvolvimento encerrado em agosto de 2024.
Apesar da promessa de independência científica, a ButanVac usava tecnologia da Escola de Medicina Icahn, nos Estados Unidos. Doria chegou a prometer doses a R$ 10 e uma produção de 100 milhões por ano, mas a vacina sequer chegou a ser distribuída.
Os testes clínicos foram interrompidos após a segunda fase, que envolveu 400 voluntários. O imunizante não conseguiu gerar uma resposta imunológica superior à de vacinas já existentes. Sem cumprir os critérios estabelecidos pela Anvisa, o estudo foi encerrado.
O Butantan justificou o gasto bilionário alegando que o investimento ajudou a aprimorar processos tecnológicos. No entanto, o caso expõe a falta de planejamento e a politização da vacina por Doria e seu governo. O episódio se soma a outras decisões questionáveis na gestão da pandemia no Brasil, sob influência direta de líderes estaduais e do governo Lula.