Roberto Barroso, que preside a Corte Constitucional desvirtuada, diz que o inquérito das fake news foi “atípico”, mas necessário para “salvar a democracia”. “Algumas pessoas se queixam que alguns inquéritos no Supremo têm demorado muito. A primeira coisa que eu gostaria de dizer é que o inquérito, com todas as suas singularidades, que eu reconheço que ocorreram, foi decisivo para salvar a democracia no Brasil. Nós estávamos indo para um abismo”, garante. Na prática, o ministro diz que vale tudo para salvar o sistema de poder do qual faz parte.
Afinal, que risco oferecem à democracia ofensas e ameaças virtuais de militantes bolsonaristas contra ministros do STF, autoridades e jornalistas, por mais horrendas que sejam? Qual seria o risco à democracia uma reportagem sobre a delação de um empreiteiro que cita um ministro ou uma apuração da Receita sobre inconsistências fiscais de 133 autoridades que ocupam cargos de relevo na administração pública? É difícil entender qual risco à democracia oferece um documentário sobre a tentativa de assassinato de um candidato à Presidência.
Barroso promete que o inquérito, aberto em 2019, será concluído em 2025, mas avisa que a instrução deve avançar sobre 2026, ano eleitoral. Na prática, os 11 de capa se servem de um estado inconstitucional de coisas para submeter a política, usurpando funções dos únicos poderes eleitos, pisoteando a imunidade parlamentar e calando os críticos. Nas palavras do próprio ministro, a democracia dos novos senhores do poder é singular.
Uma resposta
Parece foto do pior filme tipo B de todos os tempos. Bando de urubus comandando o Brasil, parlamento com muitos de rabo preso, corrupto no executivo. Ninguém está nem aí para o povo. Sem contar que do outro lado tem um tosco que engana os tontos dizendo ser de direita e contribuiu para minar a esperança da maioria do povo destruindo a Lava Jato. Apenas uma sinopse de ficção. Qualquer semelhança é mera coincidência.