Enquanto Jair Bolsonaro segue como um dos principais nomes da oposição, aliados da esquerda tentam silenciá-lo de todas as formas. O deputado federal Mário Heringer (PDT-MG) apresentou um projeto de lei para proibir institutos de pesquisa de testarem o nome de políticos inelegíveis, o que atingiria diretamente o ex-presidente.
A proposta, protocolada nesta terça-feira (4), impediria que Bolsonaro fosse citado em levantamentos sobre a eleição de 2026, apesar de sua evidente relevância política.
O deputado não menciona Bolsonaro diretamente, mas justifica o projeto como uma forma de evitar a ascensão de “forças políticas exóticas”, termo vago que pode ser interpretado como uma tentativa de restringir a participação popular na escolha de seus líderes.
“Se as pesquisas de opinião de cunho eleitoral possuem um caráter instrumental claramente definido, não se confundindo com quaisquer outros tipos de investigação sobre tendências ou comportamento político dos eleitores, não há o que justifique sua utilização com referência a hipóteses ou situações eleitorais que jamais poderão ocorrer na prática, em virtude de trânsito judicial em julgado de indivíduos considerados inaptos ao exercício de cargo eletivo em virtude de prática de ilegalidade”, defendeu o parlamentar.
A iniciativa surge logo após a pesquisa Quaest divulgada na segunda-feira (3), que já havia excluído Bolsonaro da simulação de primeiro turno. No entanto, mesmo sem ser estimulado, o ex-presidente apareceu empatado com Lula no cenário espontâneo, com 9% das intenções de voto.
A proposta de Heringer levanta questionamentos sobre censura política e manipulação do debate eleitoral, restringindo o direito do eleitor de se informar sobre a real influência de Bolsonaro no cenário nacional.