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"Denúncia da PGR é uma chanchada", diz Mourão

O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão classificou como uma “chanchada” a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no contexto das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Alive, do jornalista Cláudio Dantas.

Questionado sobre o motivo do ex-vice de Bolsonaro não ter sido listado pela PGR, Mourão negou qualquer envolvimento em eventuais articulações contra o resultado das eleições presidenciais de 2022 e enfatizou que não teve conhecimento de qualquer plano nesse sentido. Ele também destacou que, após a escolha de Walter Braga Netto como candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro, deixou de participar ativamente das decisões do governo.

“Em nenhum momento, eu tomei conhecimento, ou o presidente Bolsonaro conversou comigo a respeito de alguma atitude em relação ao resultado das eleições. A partir do momento que o presidente escolheu o Braga Netto para ser o seu companheiro de chapa, eu praticamente não participei de mais nada”, afirmou o senador.

Segundo Mourão, sua atuação nos últimos meses de governo foi restrita a compromissos protocolares, como substituições em eventos internacionais e recepção de credenciais diplomáticas. Ele minimizou a gravidade das acusações e ironizou a denúncia da PGR, comparando-a um filme de comédia da produtora Atlântida Cinematográfica.

“Isso tudo que está sendo colocado me cheira a uma chanchada da Atlântida. É uma grande chanchada isso aí. É uma denúncia estribada em cima de uma delação que não resiste a uma análise de qualquer aluno do primeiro ano de uma faculdade de direito. O que temos é um grupo de conversa de WhatsApp, e aí é aquele negócio: vale tudo, conversa privada. Quem é que resiste a ter o seu celular escarafunchado? Todo mundo fala bobagem”, disse.

O senador também criticou a narrativa de tentativa de golpe de Estado e afirmou que, historicamente, golpes são acompanhados de confrontos armados.

“Quando você olha o passado histórico de golpe no Brasil, golpe tem bala e defunto. Cadê bala e defunto nisso aqui? Não existe. Vamos lembrar 1922, areias de Copacabana, o pessoal combatendo lá; em 1924, tomaram São Paulo e ficaram 30 dias ocupados. No Rio Grande do Sul, atacaram quartel do Exército e o general resistiu junto com a filha. Vamos olhar a história. É uma vergonha isso que está sendo colocado como uma tentativa de golpe de Estado”, concluiu Mourão.

Até o momento, a PGR não se manifestou sobre as declarações do senador.

Assista ao PROGRAMA ALIVE de hoje:

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Mariana Albuquerque

Mariana Albuquerque

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