A influenciadora digital Virgínia Fonseca sugeriu, durante depoimento à CPI das Bets nesta terça-feira (13) no Senado, que o Congresso proíba empresas de apostas online. Questionada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) sobre os lucros de contratos com casas de apostas, ela criticou a regulamentação do setor. “Se faz tanto mal à população, por que regulamentar? Proíbam tudo para acabar com os crimes”, declarou.
A CPI investiga Virgínia por supostamente receber parte do dinheiro perdido por seus seguidores, prática chamada de “cachê da desgraça alheia”. Segundo a acusação, se um apostador perdesse R$ 100, a influenciadora ganhava R$ 30 de comissão. Ela nega as alegações.
Thronicke respondeu que concorda com a proibição, mas destacou dificuldades. “Como proibir os jogos no Brasil se os jovens podem apostar em sites estrangeiros?”, argumentou a senadora.
Convocada para esclarecer a divulgação de jogos de azar em suas redes sociais, Virgínia Fonseca é uma das principais figuras ouvidas pela CPI, que apura irregularidades no setor de apostas online.
Dados do Banco Central, divulgados pelo presidente Gabriel Galípolo e pelo secretário-executivo Rogério Lucca, apontam que os brasileiros gastam entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões por mês com as bets, conforme noticiado pelo G1.
Além de Virgínia, outros influenciadores e celebridades, como Carlinhos Maia, GKay, Maya Massafera, Cauã Reymond e Gustavo Lima, também promovem casas de apostas.