Estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conof) da Câmara aponta que os gastos do governo Lula devem aumentar em R$ 22,8 bilhões em 2025. O levantamento, intitulado “Projeções fiscais e orçamentárias: o desafio das despesas discricionárias”, considera pressões financeiras que elevam as despesas e alívios que mitigam parte do impacto.
As pressões sobre o orçamento somam R$ 45,6 bilhões, impulsionadas principalmente por:
• Aumento do salário mínimo: reajuste de R$ 106, elevando o piso para R$ 1.518, com impacto de R$ 32,8 bilhões sobre a Previdência, seguro-desemprego e outros benefícios;
• Inflação maior que o previsto: IPCA fechou 2024 em 4,83%, acima dos 4,23% estimados;
• Ajustes em programas sociais: necessidade de suplementação de R$ 2,8 bilhões para o auxílio gás e inclusão do Pé-de-Meia no orçamento, após bloqueio de R$ 6 bilhões pelo TCU.
O estudo destaca alguns fatores que amenizam o impacto fiscal, como o aumento do limite de despesas primárias do governo para R$ 2,174 trilhões e o corte de R$ 10,4 bilhões promovido pelo pacote Brasil Mais Forte.
No entanto, a consultoria alerta que as economias geradas não serão suficientes para cobrir o aumento de gastos, tornando o cenário fiscal preocupante.
O Ministério da Fazenda não se manifestou sobre o estudo até o momento.