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Com falência da 'agenda woke', Trudeau perde apoio e anuncia renúncia como premiê

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou nesta segunda-feira (6) sua renúncia ao cargo e à liderança do Partido Liberal. Ele permanecerá no posto até que um novo líder seja escolhido. “Pretendo renunciar ao cargo de líder do partido, como primeiro-ministro, depois que o partido selecionar seu novo líder”, declarou Trudeau a repórteres em Ottawa.

Durante o pronunciamento, Trudeau afirmou que seu maior arrependimento é não ter conseguido reformar o sistema eleitoral canadense. “Se eu tenho um arrependimento, particularmente conforme nos aproximamos desta eleição, eu gostaria que tivéssemos sido capazes de mudar a maneira como elegemos nossos governos para que as pessoas pudessem simplesmente escolher uma segunda opção, ou uma terceira opção na mesma cédula.”

A popularidade de Trudeau começou a cair nos últimos dois anos, impulsionada pelo descontentamento com o aumento dos preços e a crise habitacional. Pesquisas indicam que o Partido Liberal deve sofrer uma derrota expressiva para os conservadores na próxima eleição, prevista para o final de outubro, independentemente de quem assumir a liderança.

Trudeau também anunciou que o Parlamento canadense será suspenso até 24 de março para permitir a escolha de um novo líder. “O Parlamento está paralisado há meses após a sessão mais longa de um Parlamento minoritário na história canadense”, justificou. Inicialmente, o Parlamento deveria retornar em 27 de janeiro, mas a oposição havia prometido derrubar o governo o mais rápido possível, possivelmente até o final de março. Com a suspensão, um voto de desconfiança só poderia ocorrer em maio.

Trudeau, um dos líderes mais jovens do país, destacou-se por defender a ‘agenda woke’ e se posicionar como contraponto a líderes conservadores, como Donald Trump. Ele foi reeleito em 2019 e 2021, mas sua popularidade caiu após escândalos, como fotos antigas em que aparecia usando blackface. Nos últimos anos, Trudeau enfrentou uma série de desafios políticos, incluindo atritos com Trump, ameaças tarifárias e a renúncia de Chrystia Freeland, ex-ministra das Finanças e aliada próxima, que se opôs a aumentar o gasto público.

Ao renunciar, Freeland escreveu uma carta acusando Trudeau de praticar “truques políticos” em vez de se concentrar no que era melhor para o país. “Este país merece uma escolha verdadeira na próxima eleição, e ficou claro para mim que se eu tiver que lutar batalhas internas, não posso ser a melhor opção nessa eleição”, afirmou o premiê durante o pronunciamento.

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Redação

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